sexta-feira, 28 de novembro de 2014

[RESENHAS] Cidades de Papel


Olá meu povo! Hoje resolvi falar sobre umas das histórias que mais gosto no momento. Estava ansiosa para compartilhar com vocês a minha relação com esse livro.

Cidades de Papel foi o segundo livro de John Green que li e, embora às vezes eu ache o excesso de descrições dele um pouco cansativa, admiro o modo de escrita do autor.

O livro conta a história de Quentin Jacobsen, conhecido como Q, garoto do ensino médio que desde pequeno tem um amor pela sua amiga de infância e vizinha Margo Roth Spiegelman. Na época, os dois brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro. Acontece que eles não mantém uma amizade desde os nove anos de idade, quando juntos vivenciaram um episódio terrível em suas vidas. E então a última lembrança que Q. tinha sobre Margo tornou-se verdadeira quando ela certa noite apareceu na janela do seu quarto o convidando para uma noite de aventuras.
Quentin acha que finalmente voltará a ter contato com Margo e que a partir do dia seguinte os dois seriam bons amigos novamente. No entanto, a garota desaparece e ninguém tem noção de onde ela esteja ou possa ter ido. Mas aparentemente fugir era uma das especialidades de Margo e por isso ninguém decide procurar por ela, nem os próprios pais. Ainda assim Q resolve procurá-la e a medida que vai seguindo as pistas deixadas por ela e que ele acredita que sejam para ele, percebe que a Margo Roth Spiegelman que sempre conheceu tem uma imagem completamente distinta da verdadeira Margo Roth Spiegelman.

O livro é dividido em três partes: Os fios, A Relva e O Navio respectivamente. A primeira é a noite de aventuras que Margo e Q. viveram, e na minha opinião é a minha favorita. Foi quando eu comecei a pensar "Puxa, que livro sensacional!". Não dá pra contar muito sem dar detalhes do livro, os velhos spoilers que eu conheço e detesto! Mas o que posso dizer é que a primeira parte é extremamente deliciosa de se ler, você realmente se sente dentro da história.


A segunda, trata-se da busca de Q. por Margo. Com a ajuda de seus dois amigos Ben e Radar, que são ótimos personagens na minha opinião e que deveriam ganhar histórias só deles, Q. sai em uma aventura secundária seguindo as pistas deixadas pela garota. O rapaz está determinado a encontrá-la custe o que custar, mas nesse meio tempo acaba conhecendo uma versão da menina a qual ele nunca havia visto antes. A Margo vista pela Margo, diferente da garota bonita, popular, segura e inteligente que todos conhecem.

A terceira parte é onde tudo se explica, tudo se resolve. Onde entendemos porque todas as coisas aconteceram do jeito que aconteceram.

Infelizmente o fim do livro é um pouco decepcionante e por esse motivo eu o odiei na primeira vez que o li. Fiquei frustrada, revoltada. Achei que a história era muito boa para ter um fim daquele jeito. E guardei esse sentimento por algum tempo até realmente entender a mensagem que John Green queria passar com ele.

Cidades de Papel é extremamente metafórico, é sobre a sociedade te enxergar totalmente de uma maneira distinta do que você realmente é. Sobre guardar os seus medos e seguir a vida da maneira que as pessoas querem que você siga, dançar conforme a música. E esse é um dos motivos pelo qual no fim das contas sou extremamente apaixonada por ele. Não sei se é a história em si ou se é a própria Margo, mas tem algo muito meu ali. Algo muito eu. 

"Uma cidade de papel para uma menina de papel. (…) Eu olhava para baixo e pensava que eu era feita de papel. Eu é que era uma pessoa frágil e dobrável, e não os outros. E o lance é o seguinte: as pessoas adoram a ideia de uma menina de papel. Sempre adoraram. E o pior é que eu também adorava. Eu tinha cultivado aquilo, entende? Porque é o máximo ser uma ideia que agrada a todos. Mas eu nunca poderia ser aquela ideia para mim, não totalmente. Guarda roupa planejado."

O livro ganhará uma adaptação que tem o lançamento previsto para meados de 2015, dirigido por Jake Schreier. Nat Wolff fará Quentin e a famosa modelo da Victoria Secrets, Cara Delevingne dará vida a Margo.

Estou extremamente ansiosa para ver essa história ganhando vida õ/

Curiosidades:


  • Margo Roth Spiegelman


Roth: Significa "vermelho". O intermédio entre o puro e o impuro.
Spiegelman: Em alemão significa "Fabricante de espelhos". Margo é a Spiegelman em cidades de papel: quando as pessoas olham para ela, não veem nada da verdadeira Margo mas sim o reflexo delas mesmas em um espelho.

Espero que vocês gostem da leitura.

Mil beijos,

Ady!

"Uma Margo para cada um de nós. E todas elas eram mais espelho do que janela."

1 comentários:

  1. Olá Ady, parabéns pela resenha! Apesar do final decepcionante, fiquei curiosa para conhecer essa história! Se tudo der certo, será o terceiro livro do John Green que eu leio. Espero ler em breve, para poder assistir ao filme!!

    Até mais!

    http://prologodaleitura.blogspot.com.br/

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